"Felizes somos nós, Israel, pois o que agrada a Deus nos foi revelado"

Baruc IV, 4

sábado, 28 de julho de 2012

Os católicos franceses lutam

GUSTAVO CORÇÃO

JÁ FALAMOS NOS ENCONTROS e nas proveitosas conversações com nossos companheiros de luta na França, cola­bores de Itinéraires e de outros movimen­tos, Jean Madiran, Hugues Kerally, Louis Saleron, Pierre Tilloy, Antoine Barrols, Jacques Perret, Annick De Lussy, Jean Beaucoudray do Office International, e Marcel de Corte que veio de Liège ao nos­so encontro no último dia de nossa es­tada em Paris, e com o qual tivemos uma calorosa e mútua transfusão de alegria fraterna, Pe. Cotard, Fernand Sorlot da Nouvelles Editions Latines, e em outro artigo falaremos de nossos encontros em Paris e Bédouin, com Dom Mareei Lefebvre.

HOJE QUERO TRANSMITIR ao leitor o proveito, a admiração e a alegria que tive no encontro com um personagem anô­nimo e coletivo que, por esta e aquela razão, não desperta habitualmente meu entusiasmo: refiro-me ao chamado "povo de Deus", ou a multidão de fiéis.

FOI NO DIA 20 DE OUTUBRO, no auditório da Mutualité, 24 rue Saint-Victor, onde se realizava uma reunião sob a presidência de MonsenhorDucaud Bourget, e na qual falaram os seguintes oradores, Hugues Kerally de Itinéraires; Roland Gaucher, jornalista e escritor; André Figueras,de Monde et Vie; Pierre Arnaud, sociólogo; Pe. Noel Barbara, de Fort dans la Fol, e Pe. Louis Coache de Combat de la Foi. O objetivo anunciado para esta reunião era?. o de prestar homenagem a D. Lefebvre. Em volantes distribuídos por moços des­de a entrada do auditório lia-se o apelo: JUSTICE POUR MONSEIGNEUR LEFEB­VRE e também DROIT À LA MESSE.

TODOS OS ORADORES falaram a língua católica substituída hoje por um jargão revolucionário e primário, especialmente nos documentos das conferências episcopais que, dentro da mundial algazarra de despropósitos, se destaca em baixo relevo; mas o que hipnotizou nossa atenção nessa noite foi a presença fervorosa, firme e disposta a lutar de cerca de 5.000 pessoas de todas as idades e condições sociais, unidas no propósito de reafirmar sua rejeição dos "resultados conciliares" em que a Igreja de Cristo foi, não apenas reformada no que carecia reforma, mas deformada, transformada, transtornada, adulterada.

SERIA ERRÔNEO E INJUSTO pensar que aquelas pessoas eram lideradas, ou seguiam Dom Lefebvre. Em conferência pronunciada a 2 de maio de 76 na Villa Aurore, sede de um movimento católico de preservação da família, o próprio Dom Lefebvre rejeita esse título de líder e coloca em termos justos a posição dos que o apoiam. A conferência começa pelo relato de uma conversa de Dom Lefebvre com o Cardeal Benelli em Roma. Eis o que diz D. Lefebvre aos seus ouvintes de Villa Aurore:

“NO ÚLTIMO ENCONTRO que tive com o Cardeal Benelli que, como sabemos, é o constante secretario do Papa e com ele se encontra regularmente todos os dias, o cardeal me interpelou nestes termos:

Dom Antônio de Castro Mayer

Dom Antônio de Castro Mayer, filho de João Mayer e de Francisca de Castro Mayer, nasceu aos 20 de junho de 1904, em Campinas, no Estado de São Paulo, Brasil. De família profundamente católica e numerosa (tinha 11 irmãos, dos quais duas religiosas), ainda não atingira a idade de 7 anos quando perdeu o pai, de origem alemã, da aldeia de Stettfeld na Baviera. Referindo-se a este dizia: De meu pai recebi o maior tesouro: a fé.
Com a idade de 12 anos, entra para o Seminário menor de Bom Jesus de Pirapora, dirigido pelos padres Premonstratenses. Em 1922, começa o Seminário Maior em São Paulo, e, por sua inteligência e bons resultados nos estudos, é enviado por Dom Duarte Leopoldo e Silva a Roma para completar seu curso eclesiástico na Universidade Gregoriana. No dia 30 de outubro de 1927, é ordenado sacerdote pelo Cardeal Basílio Pompilij, Vigário Geral de sua Santidade o Papa Pio XI. Pouco depois, recebe na Universidade Gregoriana o grau de doutor em teologia.
De volta ao Brasil, é nomeado professor no Seminário de São Paulo. Durante 13 anos, ensina Filosofia, História da Filosofia e Teologia Dogmática.
Em 1940, o Arcebispo de São Paulo, Dom José Gaspar de Affonseca e Silva, o nomeava assistente geral da Ação Católica, então em fase de organização.
Em 1941, é nomeado cônego catedrático do Cabido Metropolitano de São Paulo, com a dignidade de primeiro Tesoureiro. Pouco depois, torna-se Vigário Geral (1942).
Em 1945, é transferido para o cargo de Vigário Ecônomo da Paróquia de São José do Belém, ao mesmo tempo se ocupa das cátedras de Religião e Doutrina Social Católica, respectivamente na Faculdade Paulista de Direito e no Instituto Sedes Sapientiae, ambas escolas superiores da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
A 6 de março de 1948, Sua Santidade o Papa Pio XII eleva Mons. Antônio de Castro Mayer a Bispo titular de Priene e Coadjutor, com direito a sucessão, do Arcebispo-Bispo de Campos, Dom Octaviano Pereira de Albuquerque. No dia 23 de maio do mesmo ano, o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Carlo Chiarlo, oficia a cerimônia de sagração, tendo como assistentes: Dom Ernesto de Paula, Bispo de Piracicaba e Dom Geraldo de Proença Sigaud, Bispo de Jacarezinho, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em São Paulo. Em virtude do falecimento de Dom Octaviano, em 3 de janeiro de 1949, Dom Antônio torna-se Bispo Diocesano dessa importante circunscrição eclesiástica do Estado do Rio.
Além das atividades de seu cargo, Dom Antônio leciona também, primeiro na Faculdade de Filosofia e, depois na Faculdade de Direito de Campos.
Após sua corajosa participação no Concílio, ele volta à sua Diocese onde mantém com firmeza a Tradição até sua demissão forçada, em 1981. Mesmo afastado, diante da implantação do progressismo na Diocese por parte do novo titular, sente-se no dever de apoiar e sustentar os padres que havia formado e une-se a Dom Lefebvre, com quem fará mais de um manifesto de resistência às inovações ou de advertência ao Papa, e sobretudo se fará presente em Ecône como Co-sagrante, nas sagrações de 30 de junho de 1988. Em dezembro deste mesmo ano, realiza uma ordenação sacerdotal, a última, antes de ser constrangido, pela debilitação de suas forças, a prosseguir o combate apenas pela oração e pelo sofrimento.

Dom Marcel Lefebvre

DOM MARCEL LEFEBVRE


D. Jean-Baptiste Muard
Em 29 de novembro de 1905, nascia Marcel numa família que contará até oito filhos, dos quais dois serão padres, três religiosas. Depois da formação no Seminário Francês, em Roma, e a aquisição dos doutorados de filosofia (1925) e teologia (1929), foi ordenado sacerdote eternamente, em 21 de setembro de 1929. Celebrou a primeira Missa na sua paróquia de origem, com grande concurso de povo, não menos de cinqüenta coroinhas cercando-o no altar. A sua piedosa Mãe disse: "Eu estava no céu!". Depois de um ano, como quinto coadjutor duma paróquia na diocese, entrou no noviciado dos Padres do Espírito Santo.

Dom Lefebvre na África

D. Romain Banquet
Pronunciados os primeiros votos, o novo missionário embarcou para o Gabão, em outubro de 1932, ao encontro de seu irmão, Renato, já Padre. Foi sucessivamente missionário, professor de Dogma e Sagrada Escritura, diretor do seminário como do colégio. Amado dos colegas como dos alunos, era também confessor do seu bispo, Dom Tardy. Nas pregações populares, conferências, missões abertas e retiros, catecismos, administração dos sacramentos, atendimento das confissões, contatos com os não-cristãos, lhe dirá seu irmão no dia da consagração episcopal, "vivendo realmente de coração com os indígenas, você se fazia amado de todos, e muito deplorado quando foi transferido". O Padre dirá simplesmente desta época: "Sempre a obediência é uma coisa boa. Eu estava pensando que não fazia senão meu dever. Nunca me arrependi".

Em 18 de setembro de 1947, ele é sagrado bispo, na cidade natal, Tourcoing, pelo cardeal Liénart. O mês seguinte, estava chegando a Dakar, onde o esperava uma esplêndida missão. Na "História religiosa do Senegal", escreverá Jean Delcourt:"De 1947 até 1962, Dom LEFEBVRE, apóstolo

Programa de santidade

Domingo, 8 de abril – Sentido:

Jesus falou-me muito das virtudes interiores. Ele deseja que não haja nem movimento, nem uma palavra sequer, por parte daquela de quem gosta tanto, que não seja regulada pela Sua Graça. Compreendi toda a extensão que ele dava às virtudes interiores, humildes, desconhecidas, escondidas.

Compreendi sobre tudo que ele era a Luz e a Verdade. Inundava minha alma com seus divinos raios que lhe permitem perceber a santidade verdadeira, prática, profunda... Prometeu-me sua luz e disse-me que este era o dom maior que pudesse me dar neste mundo. Esta luz divina que ilumina, que revela a santidade, os preciosos segredos de Jesus, esta luz divina que traz o calor, o amor.

Voltando às virtudes interiores, pediu-me que amasse muito essas humildes virtudes cuja existência ninguém suspeita e cuja beleza somente Ele, sozinho, pode conhecer, e acrescentou: nunca pronuncie uma palavra em teu próprio louvor, evite freqüentemente uma palavra, um gesto, um olhar; caminhe até perder de vista com essas preciosas virtudes escondidas; prefira o silêncio, ame passar despercebida, não pronuncie jamais uma palavra inútil, sempre comigo, sempre habilidosa em te esconder atrás do silêncio, da paz, do esquecimento das criaturas; caminhe, caminhe. A perfeição não tem limites – caminhe sempre mais para frente.

Remova cada dia os menores grãos de poeira. Essas virtudes tão humildes, tão pequenas na aparência, são abismos que a alma pode sempre aprofundar; minha filha, essas virtudes tão humildes, tão modestas, são também tesouros que encantam meu divino Coração. Olhe para a minha divina Mãe e contemple esta obra-prima das virtudes interiores. Quero que nelas você progrida muito. Para tanto, seja amável, mas com uma suave gravidade e um tanto séria, seja paciente sem que se possa perceber tal ato de paciência de sua parte; sem que se possa descobrir se algo te contrista ou te irrita; seja tão boa que nada possa anuviar teu rosto, mas sempre com suave seriedade, seja tão caridosa que teus lábios nunca profiram a menor crítica; esteja sempre pronta a esquecer, a perdoar, a ajudar.

Seja tão discreta que passe despercebida.

Ao agir, faça pouco barulho; al falar, diga poucas palavras, submete tua vontade cada vez que for possível sem faltar aos deveres; aceita a opinião dos outros por condescendência, por virtude: teu Jesus dar-te-á tato, a finura necessários para agir no momento certo, sem fraqueza, sem abuso.

Procura mortificar-se em cada encontro com tanta boa vontade e finura que somente Jesus seja testemunha.

Procura ser esquecida, não fala de ti mesma nem bem, nem mal: tenha sempre um sorriso nos lábios e com tanta simplicidade que a própria virtude pareça natural aos olhos de todos; ficará minorada pela grandeza de sua própria perfeição.

Tendo falado assim, Jesus pediu-me ainda a coragem paciente, generosa, constante, exigida por este esforço interior praticado, tão mortificante, tão escondido, tão extenso, tão perpétuo...

Regra de São Bento

Prólogo
CAPÍTULO 1 - Dos gêneros de monges
CAPÍTULO 2 - Como deve ser o Abade
CAPÍTULO 3 - Da convocação dos irmãos a conselho
CAPÍTULO 4 - Quais são os instrumentos das boas obras
CAPÍTULO 5 - Da obediência
CAPÍTULO 6 - Do silêncio
CAPÍTULO 7 - Da humildade
CAPÍTULO 8 - Dos Ofícios Divinos durante a noite
CAPÍTULO 9 - Quantos salmos devem ser ditos nas Horas noturnas
CAPÍTULO 10 - Como será celebrado no verão o louvor divino

CAPÍTULO 11 - Como serão celebradas as Vigílias aos domingos
CAPÍTULO 12 - Como será realizada a solenidade das matinas
CAPÍTULO 13 - Como serão realizadas as matinas em dia comum
CAPÍTULO 14 - Como serão celebradas as Vigílias nos natalícios dos Santos
CAPÍTULO 15 - Em quais épocas será dito o Aleluia
CAPÍTULO 16 - Como serão celebrados os ofícios durante o dia
CAPÍTULO 17 - Quantos salmos deverão ser cantados nessas mesmas horas
CAPÍTULO 18 - Em que ordem os mesmos salmos devem ser ditos
CAPÍTULO 19 - Da maneira de salmodiar
CAPÍTULO 20 - Da reverência na oração
CAPÍTULO 21 - Dos decanos do mosteiro
CAPÍTULO 22 - Como devem dormir os monges
CAPÍTULO 23 - Da excomunhão pelas faltas
CAPÍTULO 24 - Qual deve ser o modo de proceder-se à excomunhão
CAPÍTULO 25 - Das faltas mais graves
CAPÍTULO 26 - Dos que sem autorização se juntam aos excomungados
CAPÍTULO 27 - Como deve o Abade ser solícito para com os excomungados
CAPÍTULO 28 - Daqueles que muitas vezes corrigidos não quiserem emendar-se
CAPÍTULO 29 - Se devem ser novamente recebidos os irmãos que saem do mosteiro
CAPÍTULO 30 - De que maneira serão corrigidos os de menor idade
CAPÍTULO 31 - Como deve ser o Celeireiro do mosteiro
CAPÍTULO 32 - Das ferramentas e objetos do mosteiro
CAPÍTULO 33 - Se os monges devem possuir alguma coisa de próprio
CAPÍTULO 34 -Se todos devem receber igualmente o necessário
CAPÍTULO 35 - Dos semanários da cozinha
CAPÍTULO 36 - Dos irmãos enfermos
CAPÍTULO 37 - Dos velhos e das crianças
CAPÍTULO 38 - Do leitor semanário
CAPÍTULO 39 - Da medida da comida
CAPÍTULO 40 - Da medida da bebida
CAPÍTULO 41 - A que horas convém fazer as refeições
CAPÍTULO 42 - Que ninguém fale depois das Completas
CAPÍTULO 43 - Dos que chegam tarde ao Ofício Divino ou à mesa
CAPÍTULO 44 - Como devem fazer satisfação os que tiverem sido excomungados
CAPÍTULO 45 - Dos que erram no oratório
CAPÍTULO 46 - Daqueles que cometem faltas em quaisquer outras coisas
CAPÍTULO 47 - Como deve ser dado o sinal para o Ofício Divino
CAPÍTULO 48 - Do trabalho manual cotidiano
CAPÍTULO 49 - Da observância da Quaresma
CAPÍTULO 50 - Dos irmãos que trabalham longe do oratório ou estão em viagem
CAPÍTULO 51 - Dos irmãos que partem para não muito longe
CAPÍTULO 52 - Do oratório do mosteiro
CAPÍTULO 53 - Da recepção dos hóspedes
CAPÍTULO 54 - Se o monge deve receber cartas ou qualquer outra coisa
CAPÍTULO 55 - Do vestuário e do calçado dos irmãos
CAPÍTULO 56 - Da mesa do Abade
CAPÍTULO 57 - Dos artistas do mosteiro
CAPÍTULO 58 - Da maneira de proceder à recepção dos irmãos
CAPÍTULO 59 - Dos filhos dos nobres ou dos pobres que são oferecidos
CAPÍTULO 60 - Dos sacerdotes que, porventura, quiserem habitar no mosteiro
CAPÍTULO 61 - Dos monges peregrinos como devem ser recebidos
CAPÍTULO 62 - Dos sacerdotes do mosteiro
CAPÍTULO 63 - Da ordem na comunidade
CAPÍTULO 64 - Da ordenação do Abade
CAPÍTULO 65 - Do Prior do mosteiro
CAPÍTULO 66 - Dos porteiros do mosteiro
CAPÍTULO 67 - Dos irmãos mandados em viagem
CAPÍTULO 68 - Se são ordenadas a um irmão coisas impossíveis
CAPÍTULO 69 - No mosteiro não presuma um defender o outro
CAPÍTULO 70 - Não presuma alguém bater em outrem a próprio arbítrio
CAPÍTULO 71 - Que sejam obedientes uns aos outros
CAPÍTULO 72 - Do bom zelo que os monges devem ter
CAPÍTULO 73 - De que nem toda a observância da justiça se acha estabelecida nesta Regra



PRÓLOGO DA REGRA
Escuta, filho, os preceitos do Mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai, para que voltes, pelo labor da obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas e poderosíssimas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei.
Antes de tudo, quando encetares algo de bom, pede-lhe com oração muito insistente que seja por ele plenamente realizado, a fim de que nunca venha a entristecer-se, por causa das nossas más ações, aquele que já se dignou contar-nos no número de seus filhos; assim, pois, devemos obedecer-lhe em todo tempo, usando de seus dons a nós concedidos para que não só não venha jamais, como pai irado, a deserdar seus filhos, nem tenha também, qual Senhor temível, irritado com nossas más ações, de entregar-nos à pena eterna como péssimos servos que o não quiseram seguir para a glória.
Levantemo-nos então finalmente, pois a Escritura nos desperta dizendo: "Já é hora de nos levantarmos do sono". E, com os olhos abertos para a luz deífica, ouçamos, ouvidos atentos, o que nos adverte a voz divina que clama todos os dias: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não permitais que se endureçam vossos corações", e de novo: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz às igrejas". E que diz? – "Vinde, meus filhos, ouvi-me, eu vos ensinarei o temor do Senhor. Correi enquanto tiverdes a luz da vida, para que as trevas da morte não vos envolvam".
E procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo, ao qual clama estas coisas, diz ainda: "Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?" Se, ouvindo, responderes: "Eu", dir-te-á Deus: "Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, guarda a tua língua de dizer o mal e que teus lábios não profiram a falsidade, afasta-te do mal e faze o bem, procura a paz e segue-a". E quando tiveres feito isso, estarão meus olhos sobre ti e meus ouvidos junto às tuas preces, e antes que me invoques dir-te-ei: "Eis-me aqui". Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor a convidar-nos? Eis que pela sua piedade nos mostra o Senhor o caminho da vida.
Cingidos, pois, os rins com a fé e a observância das boas ações, guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos para que mereçamos ver aquele que nos chamou para o seu reino. Se queremos habitar na tenda real do acampamento desse reino, é preciso correr pelo caminho das boas obras, de outra forma nunca se há de chegar lá. Mas, com o profeta, interroguemos o Senhor, dizendo-lhe: "Senhor, quem habitará na vossa tenda e descansará na vossa montanha santa?". Depois dessa pergunta, irmãos, ouçamos o Senhor que responde e nos mostra o caminho dessa mesma tenda, dizendo: "É aquele que caminha sem mancha e realiza a justiça; aquele que fala a verdade no seu coração, que não traz o dolo em sua língua, que não faz o mal ao próximo e não dá acolhida à injúria contra o seu próximo". É aquele que quando o maligno diabo tenta persuadi-lo de alguma coisa, repelindo-o das vistas do seu coração, a ele e suas sugestões, redu-lo a nada, agarra os seus pensamentos ainda ao nascer e quebra-os de encontro ao Cristo. São aqueles que, temendo o Senhor, não se tornam orgulhosos por causa de sua boa observância, mas, julgando que mesmo as coisas boas que têm em si não as puderam por si, mas foram feitas pelo Senhor, glorificam Aquele que neles opera, dizendo com o profeta: "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai Glória". Como, aliás, o Apóstolo Paulo não atribuía a si próprio coisa alguma de sua pregação, quando dizia: "Pela graça de Deus sou o que sou" e ainda: "Quem se glorifica, que se glorifique no Senhor".
Eis porque no Evangelho diz o Senhor: "Àquele que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, compará-lo-ei ao homem sábio que edificou sua casa sobre a pedra, cresceram os rios, sopraram os ventos e investiram contra a casa; e ela não ruiu porque estava fundada sobre pedra". Em conclusão espera o Senhor todos os dias que nos empenhemos em responder com atos às suas santas exortações. Por essa razão, os dias desta vida nos são prolongados como tréguas para a emenda dos nossos vícios, conforme diz o Apóstolo: "Então ignoras que a paciência de Deus te conduz à penitência?". Pois diz o bom Senhor: "Não quero a morte do pecador, mas sim que se converta e viva".
Como, pois, irmãos, interrogássemos o Senhor a respeito de quem mora em sua tenda, ouvimos em resposta, qual a condição para lá habitar: a nós compete cumprir com a obrigação do morador!
Portanto, é preciso preparar nossos corações e nossos corpos para militar na santa obediência dos preceitos; e em tudo aquilo que nossa natureza tiver menores possibilidades, roguemos ao Senhor que ordene a sua graça que nos preste auxílio. E, se, fugindo das penas do inferno, queremos chegar à vida eterna, enquanto é tempo, e ainda estamos neste corpo e é possível realizar todas essas coisas no decorrer desta vida de luz, cumpre correr e agir, agora, de forma que nos aproveite para sempre.
Devemos, pois, constituir uma escola de serviço do Senhor. Nesta instituição esperamos nada estabelecer de áspero ou de pesado. Mas se aparecer alguma coisa um pouco mais rigorosa, ditada por motivo de eqüidade, para emenda dos vícios ou conservação da caridade não fujas logo, tomado de pavor, do caminho da salvação, que nunca se abre senão por estreito início. Mas, com o progresso da vida monástica e da fé, dilata-se o coração e com inenarrável doçura de amor é percorrido o caminho dos mandamentos de Deus. De modo que não nos separando jamais do seu magistério e perseverando no mosteiro, sob a sua doutrina, até a morte, participemos, pela paciência, dos sofrimentos do Cristo a fim de também merecermos ser co-herdeiros de seu reino. Amém.
[Termina o Prólogo]

Mortalium Animus - Papa Pio XI

CARTA ENCÍCLICA MORTALIUM ANIMOS
DO SUMO PONTÍFICE PIO XI
AOS REVMOS. SENHORES PADRES PATRIARCAS,
PRIMAZES, ARCEBISPOS, BISPOS
E OUTROS ORDINÁRIOS DOS LUGARES
EM PAZ E UNIÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
SOBRE A PROMOÇÃO DA VERDADEIRA
UNIDADE DE RELIGIÃO

Veneráveis irmãos: 

Saúde e Bênção Apostólica.


1. Ânsia Universal de Paz e Fraternidade

Talvez jamais em uma outra época os espíritos dos mortais foram tomados por um tão grande desejo daquela fraterna amizade, pela qual em razão da unidade e identidade de natureza – somos estreitados e unidos entre nós, amizade esta que deve ser robustecida e orientada para o bem comum da sociedade humana, quanto vemos ter acontecido nestes nossos tempos.

Pois, embora as nações ainda não usufruam plenamente dos benefícios da paz, antes, pelo contrário, em alguns lugares, antigas e novas discórdias vão explodindo em sedições e em conflitos civis; como não é possível, entretanto, que as muitas controvérsias sobre a tranquilidade e a prosperidade dos povos sejam resolvidas sem que exista a concórdia quanto à ação e às obras dos que governam as Cidades e administram os seus negócios; compreende-se facilmente (tanto mais que já ninguém discorda da unidade do gênero humano) porque, estimulados por esta irmandade universal, também muitos desejam que os vários povos cada dia se unam mais estreitamente.


2. A Fraternidade na Religião. Congressos Ecumênicos


Entretanto, alguns lutam por realizar coisa não dissemelhante quanto à ordenação da Lei Nova trazida por Cristo, Nosso Senhor.

Pois, tendo como certo que rarissimamente se encontram homens privados de todo sentimento religioso, por isto, parece, passaram a Ter a esperança de que, sem dificuldade, ocorrerá que os povos, embora cada um sustente sentença diferente sobre as coisas divinas, concordarão fraternalmente na profissão de algumas doutrinas como que em um fundamento comum da vida espiritual.

Por isto costumam realizar por si mesmos convenções, assembléias e pregações, com não medíocre frequência de ouvintes e para elas convocam, para debates, promiscuamente, a todos: pagãos de todas as espécies, fiéis de Cristo, os que infelizmente se afastaram de Cristo e os que obstinada e pertinazmente contradizem à sua natureza divina e à sua missão.

Pascendi Dominici Gregis - Papa São Pio X

CARTA ENCÍCLICA DE SUA SANTIDADE
PAPA SÃO PIO X
SOBRE AS DOUTRINAS MODERNISTAS 
Aos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, Bispos e outros Ordinários em paz e comunhão com a Sé Apostólica.
Veneráveis Irmãos, saúde e bênção apostólica.
Introdução
A missão, que nos foi divinamente confiada, de apascentar o rebanho do Senhor, entre os principais deveres impostos por Cristo, conta o de guardar com todo o desvelo o depósito da fé transmitida aos Santos, repudiando as profanas novidades de palavras e as oposições de uma ciência enganadora. E, na verdade, esta providência do Supremo Pastor foi em todo o tempo necessária à Igreja Católica; porquanto, devido ao inimigo do gênero humano nunca faltaram homens de perverso dizer (At 20,30), vaníloquos e sedutores (Tit 1,10), que caídos eles em erro arrastam os mais ao erro (2 Tim 3,13). Contudo, há mister confessar que nestes últimos tempos cresceu sobremaneira o número dos inimigos da Cruz de Cristo, os quais, com artifícios de todo ardilosos, se esforçam por baldar a virtude vivificante da Igreja e solapar pelos alicerces, se dado lhes fosse, o mesmo reino de Jesus Cristo. Por isto já não Nos é lícito calar para não parecer faltarmos ao Nosso santíssimo dever, e para que se Nos não acuse de descuido de nossa obrigação, a benignidade de que, na esperança de melhores disposições, até agora usamos.
E o que exige que sem demora falemos, é antes de tudo que os fautores do erro já não devem ser procurados entre inimigos declarados; mas, o que é muito para sentir e recear, se ocultam no próprio seio da Igreja, tornando-se destarte tanto mais nocivos quanto menos percebidos.

Rerum Novarum - Papa Leão XIII

CARTA ENCÍCLICA
DE SUA SANTIDADE O PAPA LEÃO XIII
SOBRE A CONDIÇÃO DOS OPERÁRIOS
(15 de maio de 1891)
Introdução
1. A sede de inovações, que há muito tempo se apoderou das sociedades e as tem numa agitação febril, devia, tarde ou cedo, passar das regiões da política para a esfera vizinha da economia social. Efetivamente, os progressos incessantes da indústria, os novos caminhos em que entraram as artes, a alteração das relações entre os operários e os patrões, a influência da riqueza nas mãos de um pequeno número ao lado da indigência da multidão, a opinião enfim mais avantajada que os operários formam de si mesmos e a sua união mais compacta, tudo isto, sem falar da corrupção dos costumes, deu em resultado final um temível conflito.
Por toda a parte, os espíritos estão apreensivos e numa ansiedade expectante, o que por si só basta para mostrar quantos e quão graves interesses estão em jogo. Esta situação preocupa e põe ao mesmo tempo em exercício o gênio dos doutos, a prudência dos sábios, as deliberações das reuniões populares, a perspicácia dos legisladores e os conselhos dos governantes, e não há, presentemente, outra causa que impressione com tanta veemência o espírito humano.
É por isso que, veneráveis irmãos, o que em outras ocasiões temos feito, para bem da Igreja e da salvação comum dos homens, em nossas encíclicas sobre a soberania política, a liberdade humana, a constituição cristã dos Estados (alude-se aqui às Encíclicas «Diuturnum» 1831, «Immortale Dei» 1885, «Libertas» 1888) e outros assuntos análogos, refutando, segundo nos parece oportuno, as opiniões errôneas e falazes, julgamos dever repeti-lo hoje e pelos mesmos motivos, falando-vos da Condição dos Operários. Já temos tocado esta matéria muitas vezes, quando se nos tem proporcionado o ensejo; mas a consciência do nosso cargo apostólico impõe-nos como um dever tratá-la nesta Encíclica mais explicitamente e com maior desenvolvimento, a fim de pôr em evidência os princípios de uma solução, conforme à justiça e à eqüidade. O problema nem é fácil de resolver, nem isento de perigos. É difícil, efetivamente, precisar com exatidão os direitos e os deveres que devem ao mesmo tempo reger a riqueza e o proletariado, o capital e o trabalho. Por outro lado o problema não é sem perigos, porque não poucas vezes homens turbulentos e astuciosos procuram desvirtuar-lhe o sentido e aproveitam-no para excitar as multidões e fomentar desordens.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Bulletin de la Sainte Croix nº 47





BULLETIN

DE LA

SAINTE CROIX

Nº 47
JUIN 2012


Chers amis et bienfaiteurs,
Grâce aux sœurs de l'Institut de Notre-Dame du Rosaire notre école a été ouverte de nouveau.
Originaires d’une communauté d'Anápolis, en pleine croissance, elles sont arrivées à Fribourg le 21 Décembre. Sans perdre une minute, elles ont commencé les préparatifs pour la réouverture du collège. Aussi bien la partie administrative du collège que les dépendances avaient besoin de réparations que seul un effort continu et intense pouvaient, dans un délai aussi court, réaliser, car nous voulions commencer les cours au début du mois de Février.
Dieu merci, nous ne manquons pas d'aide ni du côté de l'inspection scolaire, ni de la part des parents, des amis et des entrepreneurs professionnels. Nous remercions tout particulièrement l'aide généreuse des bienfaiteurs, sans lesquels rien n'aurait pu être fait.
Notre collège, pour l’instant, ne peut pas être payant en raison de ses statuts. En outre, nous avons quelques enfants dont les parents ne peuvent pas se permettre une contribution juste du collège. Nos charges salariales, bien que pas très élevées sontplus grandes que notre revenu actuel. Merci à tous ceux qui peuvent nous aider dans ce travail avec une petite contribution mensuelle, si minime soit-elle. Une sœur tient le rôle de directrice , de secrétaire et de professeur de la troisième à la cinquième année, ce qui facilite grandement le fonctionnement du collège.
Que les saints patrons de l'Institut de Notre-Dame du Rosaire, saint Dominique et sainte Catherine de Sienne, obtiennent de Dieu, avec saint Benoît et sainte Scholastique, toutes les grâces nécessaires pour que ce projet porte ses fruits, trente, soixante ou cent pour un, comme dit l'Evangile.
Dom Prieur
DOCTRINE
La connaissance de Dieu, soleil de l’âme
La connaissance de Dieu, en grandissant dans notre âme, fait grandir notre âme ; elle l’illumine et la féconde.
Toute la vie raisonnable sort, comme l’arbre du germe, avec des développements progressifs, d’une double notion fondamentale, la notion de cause et la notion de fin. Remonter des effets à la cause est le propre de la vie intellectuelle ; agir pour une fin, et une fin bonne, est le propre de la vie morale.
Or, Dieu est à la fois la cause suprême de laquelle tout découle, et la fin dernière vers laquelle tout converge. En cette double qualité, il commande, du haut de sa majesté infinie, à tous les actes de notre vie intellectuelle et morale. Et sa connaissance est indispensable au développement des facultés de notre âme.

Boletín de la Santa Cruz nº 47





BOLETÍN

DE LA

SANTA CRUZ

Nº 47
JUNIO 2012


Queridos amigos y benefactores,
Gracias a las hermanas del Instituto de Nuestra Señora del Rosario, nuestra escuela fue reabierta con los cinco primeros grados de la educación primaria.
Ellas vienen de una comunidad de Anápolis en pleno crecimiento. Llegaron a Friburgo el 21 de diciembre. Sin perder un minuto, comenzaron los preparativos para la reapertura de la escuela. Fueron necesarias unas reparaciones, tanto de la parte administrativa como de las instalaciones, que sólo podrían concluirse con un esfuerzo continuo e intenso, ya que queríamos comenzar las clases a principios de febrero.
Gracias a Dios, no hay falta de ayuda, ni por parte del Ministerio de Educación, ni por parte de los padres de los alumnos, de los amigos y de los profesionales contratados. Agradecemos especialmente la generosa ayuda de nuestros benefactores, sin la cual nada podríamos haber hecho.
Nuestra escuela, por el momento, no puede cobrar las mensualidades debido a sus estatutos. Además, tenemos algunos niños, cuyos padres no pueden pagar una mensualidad igual al costo de nuestra escuela. Nuestra planilla de pago, aunque no muy alta, es mayor que nuestro ingreso actual. Agradecemos a todos los que nos puedan ayudar en este trabajo con una contribución mensual, por pequeña que sea. Una de las Hermanas desempeña el cargo de directora, otra de secretaria y una última de maestra de quinto grado, lo que facilita enormemente el funcionamiento de la escuela.

Campanha para a Hospedaria das Irmãs




ORÇAMENTO R$ 50.000.00

DEPÓSITOS REALIZADOS

1) Rôsiene Maria de Araújo e Silva R$ 50,00
2) Paulo Henrique de Araújo e Silva R$ 50,00

Banco: Itaú
Titular: Irmã Nilza da Glória
Conta: 14125-4
Agência: 9204

A todos aqueles que nos enviarem um donativo igual ou superior a R$ 50,00. As irmãs enviarão um terço feito por elas mesmas e devidamente abençoado por de nossos padres.

E-mail e conta para doações ao Instituto Nossa Senhora do Rosário

Com grande generosidade as Irmãs do Instituto Nossa Senhora do Rosário fundado pelo Rev. Pe. Fernando Conceição Lopes, vieram se ocupar de nosso Colégio São Bento e Santa Escolástica.
Para ajudá-las:
Banco: Itaú
Titular: Irmã Nilza da Glória Gonzaga
Conta: 14125-4
Agência: 9204

Instituto Nossa Senhora do Rosário (INSR)

O Instituto Nossa Senhora do Rosário (INSR) foi formado “como Pia União. Fundado em Feira de Santana em 1979. Abriram casa em Ibó (Paróquia de Abaré) em 17 de julho de 1985.” (Livro de Registros da Dioccese de Paulo Afonso – BA).
Com a aprovação de Sua Excelência Reverendíssima Dom Aloísio para um ad experimentum, o INSR trabalhou com a formação de crianças através de creche e catequese paroquial.
Em 1990, a pedido de Sua Excia. Revma. Dom Manuel Pestana Filho, o fundador – Reverendíssimo Padre Fernando Conceição Lopes – abriu nova casa em Anápolis – GO, na Paróquia São João Batista, onde foi pároco de 1990 a 1996.
Em 1997 o Instituto fixou residência em Interlândia (Distrito de Anápoles) e ali trabalha com Colégio e Internato, educando cerca de 50 meninas/adolescentes internas e 90 alunos no Colégio Católico São José.
O INSR tem como objetivo a glória de Deus, a prática dos Conselhos Evangélicos; abrigar, amparar, assistir, educar, restaurar, instruir civil – moral – intelectual e cristãmente crianças e adolescentes do sexo feminino, órfãs ou não.
Sua base e fundamento está na oração, caracterizada pela reza do Santo Rosário, parte do Ofício Divino, adoração ao Santíssimo Sacramento e outros exercícios espirituais.
Atualmente o INSR conta con 28 membros e está atuando junto ao Mosteiro da Santa Cruz com o trabalho no Colégio São Bento e Santa Escolástica e catequese das crianças da comunidade.

Boletim da Santa Cruz Nº 45



BOLETIM
DA
SANTA CRUZ
Nº 45
JUNHO DE 2011




Caros amigos e benfeitores.
Uma terrível calamidade abateu-se sobre nossa cidade de Nova Friburgo. Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim e várias outras localidades também foram bem castigadas. Mas esta palavra é bem escolhida: castigada!? Devemos falar de castigo?

Esta palavra é dura, e nestes momentos devemos sobretudo consolar os aflitos e não sobrecarregá-los de repreensões. Por esta razão, nós consagramos os dias que se seguiram ao flagelo em visitar algumas vítimas, em expor o Santíssimo Sacramento, em pregar e em fazer três dias de procissões suplicando a misericórdia divina. Nossos paroquianos não mediram esforços socorrendo algumas famílias, durante vários dias.

Isto feito, a mesma pergunta volta à nossa mente. Por que este flagelo? Qual a razão deste mal? Em tudo devemos procurar conhecer as causas. Qual a causa de tantas mortes, de tantas famílias desabrigadas, da perda de tantos bens?

Sem querer entrar nos segredos de Deus, que governa todas as coisas e cuja sabedoria é um abismo insondável, interroguemos a Revelação para vermos se ela nos diz algo sobre este enigma, ao menos de um modo geral.

A Revelação está contida na Tradição e na Sagrada Escritura. Ora, uma ou outra nos falam elas das razões dos grandes cataclismos? Sim. E que dizem?

A Tradição, que se manifesta principalmente nas orações contidas na liturgia, nos diz:

“Protegei-nos, Senhor, já que recebemos os vossos santos mistérios, e por vossa misericórdia firmai a terra que vemos tremer com o peso das nossas iniqüidades, a fim de que os mortais saibam que tais flagelos são castigos de vossa mão e o seu termo, efeito de vossa misericórdia.” (1)

Boletim da Santa Cruz Nº 46





BOLETIM

DA

SANTA CRUZ

Nº 46
NOVEMBRO DE 2011


Caríssimos amigos e benfeitores,
Muito obrigado! Nosso carro está comprado. É o presente de Natal que recebemos com profunda gratidão de suas mãos generosas. É um Fiat, modelo UNO, o novo modelo, cor preta, básico, que nos custou R$ 25.500,00, comprado na promoção da autorizada aqui de Friburgo.


Mas se este presente alegrou o nosso Natal, Nosso Senhor nos alegrou mais ainda com um novo presente. As irmãs do Pe. Fernando Conceição Lopes, fundador do Instituto Nossa Senhora do Santo Rosário, vieram se instalar nas terras do mosteiro para se ocupar de nossa escola, São Bento e Santa Escolástica. Assim as nossas crianças terão uma formação para poder enfrentar este mundo, inimigo de Deus e corruptor da infância e da juventude.

Nós confiamos essas corajosas irmãs à sua generosidade, pedindo-lhes uma pequena ajuda para que possamos fazer os trabalhos necessários para que elas tenham o necessário para trabalharem na escola, a qual necessita de reformas cujo custo se eleva a cerca de R$ 30.000,00.

A todos nossos votos de uma santa festa de Natal, na serenidade do estábulo de Belém e longe do espírito do Mundo que desconhece e persegue o Verbo Encarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo, filho de Maria Santíssima, razão de toda nossa esperança.

22 de novembro de 2011

festa de Santa Cecília
Dom Prior.

CRÔNICA

10 de novembro

Enterro de Dona Aparecida de Araújo Carvalho, mãe de nosso Dom Antônio Maria. Toda a comunidade se transportou a Niterói para a cerimônia.


12 de novembro
Chegada do Rev. Pe. Alain Marc Nély, Segundo Assistente de Dom Fellay, que vem nos visitar e se entreter com cada um dos irmãos.
Sua visita fez grande bem à nossa comunidade e permitiu ao Rev. Pe. Alain de melhor nos conhecer.

16 de novembro

Partida do Rev. Pe. Alain Marc.

20 de novembro

Partida de Dom Antônio Maria e de Irmão André para Anápolis. Eles vão ajudar ao Pe. Fernando Conceição Lopes na cerimônia de bênção de sua nova igreja, do Instituto Nossa Senhora do Rosário.

23 de novembro

A bênção da igreja é feita por Dom Alfonso de Galarreta. Estão presentes também o Rev. Pe. Rodolfo Eccard Vieira, da Fraternidade São Pio X, o Rev. Pe. Jahir Britto de Souza e o Irmão Lourenço, da Familia Beatae Mariae Virginis.

24 de novembro

Sua Excelência Reverendíssima, Dom Alfonso de Galarreta, conferiu o sacramento da crisma a 35 crianças e adultos na Igreja do Pe. Fernando Conceição Lopes.
Partida de Dom Prior para pregar o retiro de cinco irmãs do Instituto Nossa Senhora do Rosário, em preparação para os votos no dia da Imaculada Conceição.

Nossos melhores votos de 
Natal e Ano Novo
Desde onde nasce o sol

Até os últimos confins da terra,
Cantemos a Cristo Rei,
Nascido da Virgem Maria.

O Criador do mundo

Revestiu-se de um corpo humano,
A fim de que, salvando nossos corpos através de Seu Corpo,
Suas criaturas não perecessem.

Do hino de Laudes de Natal

Boletim da Santa Cruz Nº 47





BOLETIM

DA

SANTA CRUZ

Nº 47
ABRILDE 2011



Caros amigos e benfeitores,
Graças às irmãs do Instituto Nossa Senhora do Rosário nosso colégio foi reaberto com as cinco primeiras séries do primeiro ciclo.
Vindas de Anápolis de uma comunidade em pleno crescimento, elas chegaram em Friburgo no dia 21 de dezembro. Sem perder um minuto, elas começaram os preparativos para a reabertura do colégio. Tanto a parte administrativa como as dependências do colégio necessitavam de reparos que só um esforço contínuo e intenso poderiam realizar num prazo tão curto, já que queríamos iniciar as aulas no início de fevereiro.
Graças a Deus, os auxílios não faltaram, nem da parte da Inspeção Escolar, nem da parte dos pais de alunos, dos amigos e dos profissionais contratados. Agradecemos especialmente a generosa ajuda dos benfeitores, sem a qual nada poderia ter sido feito.
Nosso colégio, por hora, não pode cobrar mensalidade devido aos seus estatutos. Além disso, temos algumas crianças cujos pais não podem arcar com uma contribuição à altura das despesas do colégio. Nossa folha de pagamento embora não seja muito elevada é maior que nossos rendimentos atuais. Agradecemos a todos que puderem nos auxiliar nesta obra com uma pequena contribuição mensal, por pequena que seja. Uma das irmãs exerce a função de diretora, outra de secretária e uma terceira de professora da 5ª série, o que facilita grandemente o funcionamento do colégio.